Ponto prévio: Tenho
Augusto Barros como um homem sério e trabalhador. Qualidades que nunca são de
desconsiderar, mas que são ainda mais meritórias nos tempos que correm.
É isso suficiente para
ser presidente de uma junta de freguesia como a Junta Urbana de Tomar? Não.
Absolutamente não! Como aliás está bem à vista.
Acresce que um conjunto
de circunstâncias tem potenciado as fragilidades próprias do presidente da
junta. Desde logo o facto de governar em minoria o que implica uma necessidade
de gerar consensos que reconhecidamente não é capaz. Junte-se o facto do
município estar entregue a um conjunto inexperiente de autarcas, eleitos também
sem maioria pela mesma força política que Augusto Barros integrou mas que não
perde a oportunidade de renegar.
O PS não o quer mais
como candidato mas tem que aguentar por reconhecer que a vitória na Câmara
chegou pela sua mão.
Os Independentes por
Tomar não quiseram Augusto Barros como seu candidato em 2013. Depois das
eleições, só levado ao colo pelos IpT, é que Augusto Barros conseguiu reunir
condições para gerir a Junta. Dois anos volvidos, aí estão a lembrar que
estavam certos quando afirmaram que não tinha o perfil para ser presidente
porque «há pessoas que ficam inebriadas com o poder».
Facto é que a dimensão de uma
freguesia que tem cerca de metade dos habitantes do concelho de Tomar tem
forçosamente de ter uma força e uma capacidade reivindicativa que Augusto
Barros não tem exibido, aparentemente por manifesta falta de capacidade. E a
incapacidade estende-se a um executivo que não funciona, nuns casos por falta
de vocação mobilizadora do presidente, noutros porque sentem não ter “carta
branca” do presidente e noutros ainda porque também são de “curtas vistas”.
Ver um plano de atividades como o
que o executivo levou à última assembleia é olhar para um vazio completo de
estratégia ou rumo. É a mera navegação à vista, sem ambição, sem um rasgo de
imaginação, ainda por cima apresentado sem a preocupação de antecipadamente
procurar um consenso mínimo.
O quero, posso e mando em pleno, que
em vez de procurar soluções, revela teimosa insistência numa forma de atuação
que a maioria da assembleia recusa.
A questão do posto dos CTT é
absolutamente ridícula. Pormenores à parte refira-se que o posto dos CTT que
Augusto Barros quer fazer crer que é de uma utilidade extrema para a população
de Tomar, está situado a não mais de 300 metros da estação dos CTT. A fuga para
a frente encetada por Augusto Barros revela tudo da sua sensibilidade em
relação à realidade com que está confrontado. Um elefante numa loja de
porcelanas não faria melhor.
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