sábado, 9 de janeiro de 2016

Solução Augusto virou problema

Ponto prévio: Tenho Augusto Barros como um homem sério e trabalhador. Qualidades que nunca são de desconsiderar, mas que são ainda mais meritórias nos tempos que correm.
É isso suficiente para ser presidente de uma junta de freguesia como a Junta Urbana de Tomar? Não. Absolutamente não! Como aliás está bem à vista.
Acresce que um conjunto de circunstâncias tem potenciado as fragilidades próprias do presidente da junta. Desde logo o facto de governar em minoria o que implica uma necessidade de gerar consensos que reconhecidamente não é capaz. Junte-se o facto do município estar entregue a um conjunto inexperiente de autarcas, eleitos também sem maioria pela mesma força política que Augusto Barros integrou mas que não perde a oportunidade de renegar.
O PS não o quer mais como candidato mas tem que aguentar por reconhecer que a vitória na Câmara chegou pela sua mão.
Os Independentes por Tomar não quiseram Augusto Barros como seu candidato em 2013. Depois das eleições, só levado ao colo pelos IpT, é que Augusto Barros conseguiu reunir condições para gerir a Junta. Dois anos volvidos, aí estão a lembrar que estavam certos quando afirmaram que não tinha o perfil para ser presidente porque «há pessoas que ficam inebriadas com o poder».
Facto é que a dimensão de uma freguesia que tem cerca de metade dos habitantes do concelho de Tomar tem forçosamente de ter uma força e uma capacidade reivindicativa que Augusto Barros não tem exibido, aparentemente por manifesta falta de capacidade. E a incapacidade estende-se a um executivo que não funciona, nuns casos por falta de vocação mobilizadora do presidente, noutros porque sentem não ter “carta branca” do presidente e noutros ainda porque também são de “curtas vistas”.
Ver um plano de atividades como o que o executivo levou à última assembleia é olhar para um vazio completo de estratégia ou rumo. É a mera navegação à vista, sem ambição, sem um rasgo de imaginação, ainda por cima apresentado sem a preocupação de antecipadamente procurar um consenso mínimo.
O quero, posso e mando em pleno, que em vez de procurar soluções, revela teimosa insistência numa forma de atuação que a maioria da assembleia recusa.
A questão do posto dos CTT é absolutamente ridícula. Pormenores à parte refira-se que o posto dos CTT que Augusto Barros quer fazer crer que é de uma utilidade extrema para a população de Tomar, está situado a não mais de 300 metros da estação dos CTT. A fuga para a frente encetada por Augusto Barros revela tudo da sua sensibilidade em relação à realidade com que está confrontado. Um elefante numa loja de porcelanas não faria melhor.

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