segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Até já. Andarei por aí!

É com alegria que comunico a todos os amigos que este número marca a interrupção de publicação de A Tal.
Felizmente, depois de mais de um ano de ausência regressei, plenamente restabelecido, no dia 28 de Dezembro à minha atividade profissional.
Durante esse período, A Tal foi o escape ideal que me permitiu manter a atividade na imprensa - área que me é particularmente grata - a que estou ligado há mais de trinta anos, alguns dos quais, em regime de exclusividade.
Não sei o que reserva o dia de amanhã. Sei que vou continuar atento e que não renego ao que entendo ser o dever cívico de, na medida do possível, contribuir para uma sociedade mais informada e esclarecida.
Contei, ao longo destes meses, com a ajuda de muitos amigos e mesmo correndo o risco de me esquecer de algum, não posso deixar de expressar público agradecimento a André Dias Pereira, António Alexandre, António Freitas, Carlos Silva, Cátia Martins, Elsa Ribeiro Gonçalves, Joaquim Ribeiro, José Faria, Liliana Nobre, Luís Miguel Oliveira, Manuel Gonçalves, Manuel Nobre, Mónica Silva, Paulo Conde, Rui Bugalhão, Rui Costa e Sérgio Martins.
Evidentemente só os anunciantes que viram em A Tal um veículo que potenciou a imagem dos seus estabelecimentos, negócios e/ou marcas o tornaram viável. Um dos emblemas que orgulhosamente exibimos é o de não termos beneficiado de um único cêntimo de dinheiros públicos... zero! Se conhecerem mais algum exemplo na imprensa escrita, façam o favor de me informar porque gosto muito de conhecer esses dados.
Por fim o mais óbvio dos agradecimentos. Aos leitores e foram muito mais do que os que esperávamos. Não partimos para este projeto às escuras e só porque sim. Tinhamos e temos um estudo [realizado em maio de 2014] que caracteriza os consumidores de informação local escrita, em Tomar. São dados objetivos e que mostram, por exemplo, uma grande diferença entre quem compra e quem lê. As expetativas foram largamente ultrapassadas no que diz respeito a vendas. Muito obrigado também por isso.
Obviamente tenho nesta altura que olhar para o percurso feito e isso juntamente com a experiência acumulada leva-me hoje a afirmar que não é fácil ser jornalista em Tomar. Trata-se de um meio pequeno, assente numa encruzilhada de interesses, que “minam” tudo. À primeira pergunta incómoda aparece um “amigo” que faz parte do grupo A ou B ou C e que é amigo de um tipo do grupo D que um dia destes pode ser útil, pode dar um jeitinho e o melhor é esquecer a pergunta e não fazer ondas...
Como o meio é pequeno e as questões são muitas e mais tarde ou mais cedo todas chegam ao tal “amigo” e como a Festa dos Tabuleiros não dura sempre, o melhor é fazer manchetes com a previsão meteorológica, por exemplo...
Os dezasseis números que fizemos têm todos muitas lacunas. As limitações foram mais que muitas e raras vezes conseguimos fazer aquilo que pretendíamos. Por isso, por imperativo de consciência, devemos deixar claro que apesar do insucesso nos batemos (com as poucas armas que tínhamos) pela obtenção de informação sobre variadíssimos aspectos, relativamente aos quais estão erguidos muros de silêncio.
É o caso do Flecheiro, não o do realojamento das famílias ciganas, mas o dos entraves que a Câmara de Tomar tem criado ao proprietário dos lotes ali existentes. Tenho razões para acreditar que se um dia alguém conseguir “pular a cerca” há ali um caso de polícia. Sim, está bem escrito, não é de política...
Outra questão que aparenta ter pano para mangas é a do negócio imobiliário do terreno onde irá nascer o Pingo Doce. Advirto que cheira a esturro, para o caso de alguém querer “meter o nariz” no assunto.
Insondável também, apesar do Portal da Transparência, é a questão dos gastos em comunicação do município. Desde a célebre e cara mudança de imagem até à aquisição de serviços, sem critérios e por várias pessoas, seja de assessoria ou gastos em pseudo promoção sem nenhum retorno que se vislumbre.
A questão das residências da Santa Casa da Misericórdia é exemplar. O poder de vários lobies sobrepõe-se ao interesse jornalístico. Há um ano, avançámos alguns dados e não largámos o assunto, mas nem um dos profissionais das notícias cá do burgo ousou até hoje perguntar as razões que levam a que um investimento de milhões, incluindo fundos comunitários, continue de portas fechadas apesar da presidente da Câmara assegurar que a sua abertura é essencial porque criará postos de trabalho. Então se a obra está pronta, se há interessados nos serviços que aí vão ser prestados e se a Câmara acha essencial, porque razão ao fim de mais de dois anos de funções, não está o assunto tratado? Se calhar é esta uma das razões do afastamento do vereador Rui Serrano.
E já que toquei no assunto, já noto alguns dos que alimentaram, deram cobertura e “mamaram na teta” de um estilo de governação que vingou no século passado, evidenciam sinais de estar a “dar o corpo à curva”, como que fazendo a preparação para estar na primeira fila no dia em que a coisa der a volta. Filme já visto, que registo com particular significado quando esses sinais vêm de pessoas que antes bramiam a sua absoluta independência. Claro que sim...
Fiquem bem e até já. Andarei por aí e a quem quiser manter um contacto mais frequente, desafio a que daqui a dias passem de vez em quando em http://tomaraletra.blogspot.com

6 comentários:

  1. Foi uma má noticia esta tua decisão, pois sempre apoiei o projecto desde o inicio.
    Pela amizade que temos e porque ao longo de anos gostei sempre de colaborar nos teus projectos, sobretudo de informação.
    Tens razão em algumas coisas, sobretudo porque Tomar é uma terra em que as coisas ganham sempre uma dificuldade e anormalidade acrescida, nas suas soluções. O que em muitos lugares é normal, aqui talvez pela proximidade ao Entroncamento, ganha dimensão de fenómeno.
    No mínimo vamos continuar por aqui e falando e escrevendo. Sucessos profissionais e pessoais.

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    1. Abraço grande Alexandre. Sabe da estima pessoal que tenho por si e que sei ser retribuída mas o que me satisfaz mesmo é estar bem de saúde. O resto é música para os meus ouvidos.

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  2. Eu gostei muito da Revista e a li do princípio ao fim. Na qual eu também queria pertencer como lhe tinha dito por mensagem privada mas nem sequer obtive resposta sobre o assunto.
    Obrigada pela sua atenção!!!!!
    Muito sucesso pra si

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  3. Eu gostei muito da Revista e a li do princípio ao fim. Na qual eu também queria pertencer como lhe tinha dito por mensagem privada mas nem sequer obtive resposta sobre o assunto.
    Obrigada pela sua atenção!!!!!
    Muito sucesso pra si

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  4. Uma boa aposta e sim tinha pernas para andar.
    Pode ser que no futuro recente consiga conciliar a revista e a profissão.
    Até breve
    António

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    1. Nunca se sabe o dia de amanhã mas é difícil conciliar.
      Abraço e obrigado pela sua atenção.

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