domingo, 17 de janeiro de 2016

Coligação até ao fim, gerir sem maioria ou eleições?

PS e CDU renovaram recentemente a intenção de levar o acordo que garante a maioria na Câmara de Tomar.
Todos sabemos que por vezes, entre o que se diz e o que se faz, há uma grande diferença e nunca como agora estiveram tão visíveis as divergências entre as duas forças políticas, sendo certo que no caso da CDU, as posições são assumidas pelos seus dois eleitos em posição de maior destaque, enquanto do lado do PS, as despesas da contestação foram assumidas por Luís Ferreira – situação que de resto lhe valeu um “puxão de orelhas” por parte do presidente da Comissão Política Concelhia, Hugo Costa, que veio publicamente esclarecer que era ele próprio quem falava em nome do PS.
Está à vista de todos que as coisas não estão a funcionar e o ambiente tenso não disfarça o mal-estar. Se isso será ou não suficiente para levar à realização de eleições antecipadas é o que se verá e para quem não acredita nessa possibilidade, veja-se o que está a acontecer mais a norte.
Em São João da Madeira vão realizar-se eleições intercalares para a Câmara Municipal. Ricardo Figueiredo, o presidente eleito pelo PSD, diz que não tem condições para executar o programa que apresentou e por isso pretende «renovar a legitimidade democrática».
Depois de anunciar que se recandidata, o líder considerou que «a oposição se uniu numa coligação negativa, com bloqueios constantes e sucessivos». A lista do PSD renunciou em bloco ao mandato autárquico e por essa razão o Governo terá que nomear uma comissão administrativa, que assumirá a gestão do município até à realização das eleições intercalares. Refira-se que na sequência das eleições autárquicas de 2013, em São João da Madeira, foram eleitos 3 elementos do PSD, 3 do PS e 1 Independente.

Claro que as eleições servem para dar ao povo a possibilidade de decidirem mas é óbvio também que isto só acontece em São João da Madeira porque o PSD acredita que pode ganhar as eleições por uma margem mais folgada do que em 2013, e por cá? Agora que anunciou a recandidatura de Anabela Freitas, em Tomar o PS acredita em quê?

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