quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Golo na própria baliza de Luís Ferreira

Já em diversas circunstâncias escrevi que, goste-se ou não, Luís Ferreira tem uma capacidade de trabalho útil à equipa de gestão municipal que integra(va).
Concorde-se ou não com o estilo e as opções, creio que é mais do que razoável reconhecer que a sua experiência e determinação ultrapassam em muito a capacidade revelada por exemplo por vereadores, que estando em funções a tempo inteiro, não tinha capacidade para acompanhar o seu ritmo e ainda se mostrava incomodado quando confrontado com isso.
É verdade que não foi eleito, mas querer que as coisas andem e ansiar por ver problemas resolvidos, não pode ter entendimento negativo, sobretudo por quem está(?) na mesma equipa.
Também já assumi que no meu entendimento, o maior pecadilho de Luís Ferreira é o de não se resguardar e de muitas vezes dar o primeiro passo para confrontações desnecessárias, que lhe têm causado grande desgaste de imagem e arranjado alguns inimigos de estimação.
Creio ser o caso da intervenção pública mais recente, através do seu blog “vamos por aqui”. A relação com Bruno Graça – sabe-se que não é de hoje – nunca foi muito boa e está agora mais deteriorada.
Bruno Graça, um dos mais notáveis dirigentes da história do movimento associativo nabantino
Sem esquecer que foi o vereador da CDU a “dar a mão” ao PS para permitir a gestão socialista do município e tomar um conjunto de decisões muito questionáveis, Luís Ferreira terá certamente muitos motivos para criticar a atuação de Bruno Graça. Escolher a questão dos apoios ao movimento associativo, é como marcar um golo na própria baliza, porque seria a última via para atacar o homem que levou a Sociedade Filarmónica Gualdim Pais ao que é hoje.
Se há no concelho de Tomar dirigente que tem provas dadas na área do associativismo, é Bruno Graça. Em minha opinião, a ação de Bruno Graça na presidência da Gualdim Pais está acima de qualquer outro desempenho como dirigente associativo, sem que isso signifique menor respeito por todos quantos dedicam algum do seu tempo às coletividades.

Querer rentabilizar uns euros que a autarquia vai deixar de receber, sobretudo do futebol e do hóquei em patins, levou Luís Ferreira a cometer um erro de principiante, até porque não pode desconhecer e reconhecer o meritório trabalho desenvolvido por Bruno Graça na Sociedade Filarmónica Gualdim Pais.

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