sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O que fica de 2015

O centenário do Sporting Clube de Tomar e a Festa dos Tabuleiros foram os grandes acontecimentos de Tomar no ano de 2015.Quanto ao resto, ao olharmos para trás, revisto 2015 através das edições de A Tal, o melhor que podemos fazer é votos para que o futuro nos possa sorrir...

janeiro

Residências da Santa Casa da Misericórdia sem licença
A Inspecção Geral de Finanças esteve na Câmara Municipal de Tomar a averiguar alguns processos e o projecto de relatório que já está na autarquia ordena a «imediata cassação» da licença de construção emitida a favor da Santa Casa da Misericórdia de Tomar, para a edificação das Residências Assistidas, construídas ao lado do CAT, perto da Igreja de Santa Maria dos Olivais.
As interpretações sobre as consequências desta decisão são diversas. Há quem entenda que o problema está na Câmara e aponte o dedo a «técnicos da área do urbanismo, especialistas em criar obstáculos». Neste entendimento, cabe à Câmara dar os passos necessários no sentido de adequar os documentos como terá sido «combinado numa reunião no Ministério do Ambiente». Neste cenário, a questão seria meramente burocrática e estará em vias de resolução.
Sucede que há entendimentos muito diferentes, entre os quais o perigo de estar em causa a devolução de 1 milhão e 800 mil euros de fundos comunitários. Com efeito, a obra no valor de 2 milhões e 300 mil euros teve uma comparticipação a fundo perdido de 80% e para poder ser candidatada a esse financiamento, um dos documentos fundamentais era a licença de construção da Câmara. Ela existiu, de facto, mas agora terá de ser anulada, por ordem da Inspecção Geral de Finanças.
De acordo com fonte ligada ao processo, esta obra apresentou sempre algumas reservas, primeiro porque estaria abrangida pelo Plano de Pormenor do Flecheiro, segundo porque está situada abaixo da cota de cheia. Os problemas estavam identificados e terão levado José Vitorino, então vereador do urbanismo a demarcar-se do processo.
Por essa razão, segundo fonte da autarquia, foi o próprio presidente da câmara, Corvelo de Sousa, a assinar a licença. E como para além de presidente da Câmara era também presidente da mesa da assembleia geral da Misericórdia, antes de chamar a si essa responsabilidade, demitiu-se do cargo que ocupava na Santa Casa, para evitar uma situação de incompatibilidade.
Outra fonte contactada por A Tal confirma este dado e revela até algum desconforto com o facto de «algum tempo depois, houve eleições na Misericórdia e não tiveram uma palavra para com o homem. Ele podia ter evitado envolver-se pessoalmente porque se levasse o assunto à câmara ele passava porque os vereadores do PS estavam divididos e os do PSD podiam aprovar mas ele assumiu e a Misericórdia deve-lhe isso».
A verdade é que do ponto de vista prático, a obra se encontra concluída e pronta para que se inicie o processo de venda e aluguer das residências. A Santa Casa da Misericórdia aguardava apenas a emissão da licença de utilização para avançar.
No actual executivo o assunto está a ser desvalorizado, havendo o entendimento que eventuais responsabilidades da Câmara serão sempre imputadas a mandatos anteriores e aqui parece começar outro problema porque face à actuação da Inspecção Geral de Finanças, só uma posição dos actuais responsáveis pode solucionar a questão.
Recorde-se que o auto de consignação da empreitada do “Edifício Social para Residência de População Adulta - Pessoas Idosas” constituído por três pisos, num total de 35 apartamentos (18 individuais e 17 duplos) foi assinado a 28 de Maio de 2011. O concurso público foi ganho pela empresa EcoEdifica. O investimento total da obra, construção e equipamentos, foi de 2 milhões e 300 mil euros, e devia ter ficado concluída no prazo de um ano.

Bruno Graça dixit
Contratos ruinosos - «Os contratos com a Águas do Centro e com a EPAL são ruinosos. É muito fácil dizer que a água em Tomar é muito cara, mas as pessoas deviam conhecer porque razão é que isso acontece».
Zona Industrial/Parque Empresarial - «A alteração até agora ainda não se traduziu em grandes resultados mas a verdade é que de industrial aquele espaço tem muito pouco».
Museu da Levada - «A obra já devia estar pronta mas é mais uma coisa feita de pernas para o ar, porque ainda não há projecto museológico. Fez-se um fato e não havia corpo para ele. Agora temos uma técnica que irá tratar do que faltava».
Escola Profissional - «Há concordância entre nós para a transferência para as instalações do antigo Colégio Nun’Álvares Pereira, mas há aspectos burocráticos para ultrapassar que atrasam a concretização da mudança».
Convento Santa Iria - «Em breve será adjudicado a elaboração do caderno de encargos que desencadeará o processo que permitirá a criação ali de uma unidade hoteleira».
Hortas comunitárias - «Em todo o espaço do horto municipal, havia lixo amontoado que começou a ser retirado. O espaço começa a estar mais limpo e está em curso o processo de criação do regulamento que permitirá avançar com as hortas comunitárias».

Destilaria não destila
O investimento de cerca de dez milhões de euros, com a criação imediata de 26 postos de trabalho, que foi anunciado para Tomar há meio ano não deve passar do anúncio. De acordo com o que A Tal apurou «alteraram-se os pressupostos que justificavam o investimento em Tomar» referiu-nos uma fonte ligada ao processo que apesar da insistência para clarificar o que está realmente em causa se fica por em tom enigmático acrescentar que «o que disse é suficiente».
Em Junho foi anunciada em reunião da Câmara de Tomar pelo vice-presidente Rui Serrano a instalação da empresa indiana Aaditya Internacional, no ramo da destilaria, com um investimento de 9 milhões e 800 mil euros que iriam criar 26 postos de trabalho directos. O assunto mereceu grande destaque e foi “manchete” da edição dessa semana dos dois jornais de Tomar.
Entretanto o tempo passou e o assunto parece ter caído no esquecimento, mas na altura Rui Serrano disse que não divulgava o local por razões óbvias mas garantiu que já estava decidida e acordada a localização da destilaria.
A queda de um ultraleve no primeiro sábado do ano, no aeródromo de Valdonas, resultou num morto e um ferido grave.

fevereiro
Criança ferida junto ao parque infantil
Uma criança sofreu ferimentos num pé e numa perna, causados pela plataforma de madeira existente lado a lado com o parque infantil, na zona desportiva de Tomar.
No dia 15 de Janeiro, Gonçalo Antunes, de 3 anos de idade «para aproveitar o dia agradável que estava, fomos ao parque onde ele brincou, todo contente» conta o avô, Domingos Antunes, que acompanhava a criança na altura do acidente.
E prossegue:
- Saiu todo feliz e logo à saída da porta do parque, só o vi caído a chorar. Aconteceu com ele mas podia acontecer com outra criança qualquer, porque já sei que aquilo estava assim há muitos dias.
- O que é que aconteceu concretamente?
- Havia tábuas soltas no piso da plataforma que lá está e existia mesmo um buraco. Ele não viu e enfiou lá o pé. Fez uma entorse e feriu a canela.
O avô da criança, Domingos Antunes, de 67 anos, mostra-se revoltado «sobretudo porque me dizem que aquilo estava assim há semanas e nem uma fita ou um sinal existia no local a assinalar o perigo. O meu neto magoou-se e no dia a seguir a situação foi logo reparada. É uma tristeza que uma criança se tenha de magoar para a Câmara fazer alguma coisa», acrescenta.
Questionado se tomou alguma iniciativa junto da Câmara Municipal, enquanto entidade responsável pelo espaço, Domingos Antunes diz que «não porque a minha nora não quer confusões e por mim também não tenho interesse nisso, o que me interessava é que não tivesse acontecido, mas já que aconteceu, deixo o alerta para ver se não se repete. Em todo o caso, como no parque está indicada a ASAE como entidade fiscalizadora, comuniquei-lhes a situação e enviei fotografias perguntando se fiscalizam apenas da vedação para dentro e também aí me parece que há situações que merecem ser vistas ou se a meio metro da vedação, também lhes competia verificar».

Uma obra que merece ser vista
Há coisas que só são possíveis de acontecer em Tomar. Tó Carvalho tem uma sala enorme cheia de quadros, que são apenas parte de uma obra bem mais extensa e que se encontra há anos, dentro de dezenas de caixotes, à espera de uma solução que o pintor gostaria que fosse encontrada em Tomar:
- Esta é a minha terra, Tomar está em primeiro lugar mas não tenho herdeiros e não posso esperar muito mais tempo.
Um espaço com oitenta metros quadrados, explica-nos, não seria demasiado mas permitiria colocar à disposição dos visitantes uma obra que de forma genérica, Tó Carvalho intitula como “mundo rural português”.
Através de uma pintura naturalista e figurativa, estão presentes diversos locais do país, desde Alentejo, Ribatejo, Estremadura, Trás-os-Montes, Minho, Beira Litoral e Beira Baixa. Rostos que Tó Carvalho diz espelharem a alma dos locais onde vivem «só falta o Algarve, mas aí agricultura tradicional só se fosse uma sueca na praia», brinca.
Natural de Castelo Branco, ainda criança veio viver para Tomar. Aqui estudou e se fez homem. A sua obra já percorreu Portugal e dele seguiu caminhos até à América do Sul, Ásia e Oriente.
Depois de experiências a carvão e aguarela, é à pintura a óleo que desde 1993 se mantém fiel, nas temáticas rurais portuguesas mas também em temas históricos, religiosos e paisagens, com particular incidência em trechos do rio Nabão.
Impedir que os tomarenses e aqueles que nos visitam possam aceder a uma mostra de duas centenas de quadros, onde “Ao rubro”, que retrata um momento da vida dos metalúrgicos na antiga Fundição Thomarense, está lado a lado com "Fandango", já premiado a nível nacional, ou com o senhor infante das navegações a ouvir os seus geógrafos e cartógrafos, tendo na figura do Infante D. Henrique, o saudoso tomarense Lino Garrucho, do Valgamito – Casais, num dos claustros henriquinos do Convento de Cristo, ou vários momentos e figuras da Festa dos Tabuleiros, ou uma desfolhada ou descamisada tradicional, na Pedreira, é quase criminoso.
Manter uma obra destas escondida e ser o seu autor e proprietário quem mais se incomoda com isso é algo que devia fazer corar de vergonha os políticos de Tomar.

Câmara ainda deve 3 mil euros do último carnaval
A Associação TomarIniciativas está insatisfeita pela forma como o Carnaval é tratado pela Câmara. Entendem os seus responsáveis que o trabalho já desenvolvido deveria merecer que o Município encarasse esta quadra como um momento importante de atracção de pessoas à cidade e nessa perspectiva, deveria integrar uma estratégia turística mais abrangente.
Luís Honório, um dos elementos da Associação explicou que «o nosso desagrado é sobretudo pela forma como tudo isto é gerido, todos os anos. Acontece sempre a mesma coisa, as pessoas da Câmara deixam que os assuntos se arrastem e depois, em cima da hora é que nos dizem alguma coisa e obrigam-nos a encontrar soluções em cima do joelho. Esta é que é a nossa verdadeira razão de queixa.»
- Mas este ano não vos avisaram antecipadamente que não havia apoio?
- Não. Nós entregámos um pedido de apoio no dia 28 de Novembro e aí é que deviam ter dito logo que não apoiavam. Não nos disseram nada e só um mês antes do Carnaval é que nos disseram que devíamos enquadrar a actividade no Programa de Apoio ao Associativismo, mas também sem nos dizerem se vai ou não ser apoiado.
- E nesses moldes, o que é que vai acontecer?
- Vamos fazer animação com os bailes no pavilhão municipal, na sexta-feira de manhã vamos acompanhar o desfile das crianças e na terça-feira à tarde, teremos um desfile espontâneo e às 16 horas o Carnaval na Praça, com animação na Praça da República.
- E o que é que poderia ser diferente?
- Há dois aspectos que consideramos errados. Por um lado, aquele que sempre nos batemos e que já apontei, que é a questão temporal. Porque uma coisa é darem-nos um mês para fazer as coisas, outra coisa bem diferente era termos mais tempo porque com mais tempo, com o mesmo dinheiro, pode-se fazer melhor. Outro aspecto é o enquadramento da nossa associação, porque nós não somos uma associação como as outras que visa arranjar dinheiro para construir uma sede ou adquirir uma carrinha. A missão da nossa associação era fazer um trabalho que cabe à Câmara, se nos dão um apoio nós prestamos contas e demonstramos que o dinheiro que nos dão é gasto na organização, neste caso, do Carnaval, mas podia ser outra actividade qualquer. Nós não visamos o lucro, os apoios que nos dão são aplicados nas actividades a que se destinam.
- Apresentaram as contas do ano passado?
- Apresentámos e ainda temos três mil euros para receber mas não é por essa razão que nos queixamos. O que nos deixa triste é o modo como tudo isto é tratado.

História de um centenário
O Sporting Clube de Tomar nasce como a maioria dos pequenos clubes de província. Um grupo de estudantes: Alfredo Maia Pereira, Júlio Bento, António Quintas, Augusto Correia, Amorim Rosa, António Coelho, Domingos Vistulo, António Souto, entre outros, desejosos de engrandecerem a sua terra, lançam a ideia de criar um grupo desportivo.
A iniciativa encontra receptividade, a adesão multiplica-se e em 26 de Fevereiro de 1915, fundam o Sporting Clube de Tomar. Escolhem para emblema a Cruz de Cristo sobre o Escudo Preto e iniciam a sua actividade desportiva com a Ginástica e o Futebol.
Da sua fundação aos dias de hoje são 100 anos em defesa dos interesses do desporto e da juventude, procurando dignificar a cidade que representa, também no plano cultural e social. No plano desportivo a vida do clube caracteriza-se por dois períodos distintos: Aquele em que a sua actividade principal é o futebol e que vai da sua fundação até 1950 e o que vai desta data até hoje, em que o Hóquei em Patins constitui a principal modalidade.

março
Acordo com a CDU é para durar até ao fim do mandato
Hugo Costa é o presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Tomar. É um jovem, com percurso feito na Juventude Socialista e alguém a quem os camaradas de partido auguram futuro promissor. Faz parte da equipa que trabalha diretamente com Anabela Freitas na presidência da Câmara e a oportunidade da entrevista surge naturalmente, fruto do que se vai passando por cá mas torna-se obrigatório começar pela questão que vai marcando a política socialista a nível nacional, após alteração de líder:
- Considera que a eleição de António Costa produziu os efeitos desejados? O PS apresenta-se hoje como melhor alternativa do que era com António José Seguro?
- O Partido Socialista (PS) saiu mais forte das eleições primárias. Foi o primeiro partido a ter a coragem de se abrir à participação dos cidadãos na escolha dos agentes políticos e candidatos. Acho que é este o caminho que todos os partidos vão ter de percorrer no futuro. As 175 mil pessoas que participaram legitimam muito mais a escolha do que se esta fosse somente pelo partido. O PS está por isso preparado e mais forte para vencer as próximas legislativas com maioria absoluta.   
- Os principais dirigentes da estrutura local apoiaram António José Seguro. Isso resultou em perda de influência junto dos órgãos nacionais do PS? Pode garantir que as feridas abertas na altura das primárias, a nível local e regional, estão completamente saradas?
- O PS é um partido democrático. Todos somos livres de fazer, a cada momento, as nossas opções. António Gameiro, de quem tive o orgulho de ser o diretor distrital de campanha, é o Presidente de Federação Distrital, e António Costa é o Secretário-Geral e candidato a Primeiro-Ministro. Todos somos agora necessários para construir a unidade do partido e vejo em todos uma grande vontade de unir para vencer as legislativas. Esse é o único interesse de todos neste momento. Em Tomar, assim como em todos os concelhos do distrito, existiu uma lista de unidade nas eleições para delegados ao Congresso Nacional. E António Costa contou com o apoio de todos como candidato a Secretário-Geral. E foi candidato único!
- Na gestão autárquica, que medidas esperava o PS poderem já ter sido concretizadas e que ainda não estão?
- O PS venceu as eleições autárquicas de 2013 derrotando dezasseis anos de gestão PSD. Qualquer processo de mudança tem de enfrentar muitos desafios para ser construído. Medidas como igualdade no tratamento das freguesias, o orçamento participativo, as obras físicas como a estrada da Barragem do Castelo do Bode, o início do processo da Ponte do Carril ou a criação do balcão único são uma realidade. Obviamente que todos os tomarenses desejariam já ter resolvido o problema do mercado ou o da habitação social… Mas não foi o PS que iniciou as obras do mercado sem projeto e não foi o PS que fechou o mercado sem solução. Essa responsabilidade é do PSD! Assim como na área da habitação social, já foi criado um regulamento que não foi feito em dezasseis anos de gestão PSD! Essa gestão desperdiçou fundos comunitários e nacionais que agora já não existem. Teve meios para fazer e não fez, é natural que agora critique o que se faz, apesar da falta de meios…
- Como avalia os resultados do acordo com a CDU?
- A avaliação é positiva. Todos juntos temos de contribuir para a mudança no concelho de Tomar.
- Se por qualquer razão esse acordo terminar, o PS admite gerir o município em minoria ou procurará um novo acordo?
- O acordo com a CDU é para durar até ao final do mandato. Não discuto outros cenários. O PS assumirá sempre as suas responsabilidades, como sempre fez.

abril
Trabalho ilegal nas obras do mercado?
A Junta de Fregesia Urbana está a substituir a Câmara Municipal de Tomar na contratação de trabalhadores para obras no edifício do Mercado. Foi o próprio presidente da junta de Freguesia, Augusto Barros, que nos explicou que «foi feita uma parceria de acordo com a qual a câmara asfaltou a Rua das Acácias e a Rua Nova da Matana e que em contrapartida a junta cede pedreiros para a obra do mercado».
A legalidade do processo está a ser posta em causa. Desde logo porque parece óbvio que os trabalhadores recrutados pelo IEFP estão a ocupar postos de trabalho ao contrário do que prevê o instrumento utilizado para enquadrar os pedreiros em causa.

maio
Investimento de 8 milhões nas mãos dos técnicos da Câmara
O Ilha do Lombo Water & Nature Resort é um projeto único na região, porventura o maior projecto de Tomar nos últimos vinte anos, mas apesar de todas as virtualidades, a sua implementação tem sido travada e o processo arrasta-se há três anos, sem que o investidor tenha conseguido a sua implementação.
O cenário é a magnífica albufeira do Castelo do Bode, classificada de Reserva Natural e o Grupo Tomé Feteira efectuará neste projeto turístico um investimento superior a oito milhões de euros.
O Porto de Recreio e o Centro Náutico, irão colmatar a carência que actualmente se verifica em termos do ordenamento do estacionamento e do tráfego das embarcações, diminuído assim a proliferação de cais privados, contribuindo de forma positiva para o desenvolvimento turístico sustentável da Albufeira, e criar um pólo de concentração e de dinamização das actividades desportivas, de recreio e de lazer.
O conjunto Porto de Recreio e Instalações de restauração e de comércio na margem Oeste, e Centro Náutico e Hotel Rural Ilha do Lombo, permitirão uma oferta turística completa – alojamento, alimentação, atividades de lazer, desportos náuticos, Centro de Alto Rendimento para atletas de remo e canoagem e Ensino – que irão criar de forma direta e indireta várias dezenas de postos de trabalho e dinamizar o comércio e serviços na região.
As instalações da antiga estalagem, que irão dar apoio ao Centro Náutico, incluem piscina, Spa, Court de Ténis, salas de reuniões e de apoio, restaurante etc, e completam a oferta turística tornando o projecto do maior interesse para o desenvolvimento turístico da região.
O Grupo Tomé Feteira adquiriu a Ilha do Lombo no ano de 2011 e desde 2012 que têm existido várias tentativas de viabilizar o projecto. O proprietário, inicialmente, decide ir viver para as instalações existentes, onde durante vários anos funcionou a Estalagem. Depara-se então com um edifício em ruínas, fruto dos dez anos de encerramento que então tinham passado.
Neste cenário, Michael Braun, ciente da necessidade de uma intervenção global no edifício decide iniciar uma intervenção que pelo menos minimizasse o estado de degradação e impedisse o edifício de ruir.
Surgem então os problemas com os serviços técnicos e de fiscalização de obras da Câmara Municipal de Tomar: de um lado, um proprietário, com capacidade económica, que não quer ver o património a perder-se e do outro uma atitude tecnocrática, de quem se limita a encontrar obstáculos sem cuidar de apresentar soluções.

junho
Templários desceram à cidade
A Festa Templária, organizada pela Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte, Município de Tomar, Instituto Politécnico de Tomar e Convento de Cristo teve um saldo muito positivo, não só pela capacidade atracção de pessoas, como pela envolvência criada que chegou, a certa altura, a lembrar o ambiente da Festa dos Tabuleiros.
O desfile foi o momento alto e evidenciou melhorias relativamente a anos anteriores. O envolvimento de todo o concelho enriquece muito este momento mas há aspectos a rever como o uso de adereços nada templários ou a entrada e saída de elementos estranhos ao cortejo.
A colocação na Praça da República de um conjunto de tendas, em cima umas das outras, parece descabida. Assim se desperdiçou um espaço privilegiado e mais adequado para outras iniciativas constantes do programa.
A falta de higiene, os contentores de lixo a abarrotar e a cheirar mal, o funcionamento do parque de estacionamento nas traseiras da câmara são aspectos a rever não apenas em altura de festa e o que não havia mesmo necessidade era de destruir a relva do Mouchão. As actividades ali realizadas não obrigavam ao que ficou visível no “pós festa” mas se o que ali se realizou obriga à realização de fogueiras e circulação de viaturas em cima da relva, então talvez seja melhor encontrar local mais adequado.
Registem-se no entanto os aspectos positivos, o envolvimento da população, o esforço feito no sentido de conferir rigor às recriações históricas e a capacidade de colocar Tomar na comunicação social nacional, por estar em festa.

Maior colecção de puzzles do país está montada em Tomar
Jorge Mascarenhas, arquitecto de 55 anos que dá aulas no Instituto Politécnico, guarda em sua casa mais de 700 exemplares de variadas formas e tamanhos, vindo dos quatro cantos do mundo. Em comum têm o facto de todos serem tridimensionais.
São das mais variadas formas, cores  e feitios os  puzzles e os  quebra-cabeças que encontramos acondicionados em prateleiras na divisão de casa na Rua da Fábrica da Fiação, em Tomar. É ali que reside Jorge Mascarenhas, um arquitecto de 55 anos que descobriu a paixão pelos puzzles e quebra-cabeças aos 24 anos durante o estágio de final de curso que fez na Filândia durante quatro meses. "É um país onde existem Invernos muito longos e rigorosos e, portanto, naquele altura em que ainda não existiam computadores as pessoas tinham em casa puzzles em madeira, porque é um país que tem muita floresta, para se ocuparem no Inverno".

julho
Chegou a Grande Festa de Tomar
A Festa dos Tabuleiros ou do Divino Espírito Santo é uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas de Portugal.
A sua origem encontra-se nas festas de colheita à deusa Ceres e posteriormente à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que seria a congregação do Espírito Santo, movimento de solidariedade cristã.
O Ponto das festividades que juntava ricos e pobres ocorria no domingo de Pentecostes, dia em que segundo dizem as línguas do fogo desceram sobre Apóstolos simbolizando a igualdade de todos perante Deus.
Esta festa de Ação de Graças mantém a sua tradição quase inalterável.
No ano anterior à data de realização da Festa dos Tabuleiros, é convocada uma reunião pública onde se decide se haverá Festa no ano seguinte e quem será o Mordomo.
Caso a decisão seja favorável são lançados 3 foguetes.
Antecipadamente e ao longo de um ano será planeada toda a festa de acordo com a tradição. Os vários cortejos e espetáculos culturais são cuidadosamente organizados, são angariados fundos e dá-se início à morosa confeção das flores que irão ornamentar as ruas e os tabuleiros.
O Desfile ou Procissão é o momento alto da Festa dos Tabuleiros. É composto por um número variável de tabuleiros, que representam as freguesias do concelho. Percorre as principais ruas da cidade entre colchas pendentes nas janelas, milhares de visitantes e uma chuva de pétalas lançadas sobre o Cortejo.

agosto
Mais de 100 mil visitaram o Convento de Cristo
No primeiro semestre de 2015, o Convento de Cristo registou 104.197 visitantes, o que representa um aumento de 25, 9% em relação ao igual período do ano passado. No primeiro semestre de 2014, o monumento recebeu 82.749 visitantes.
No total do ano 2014, o Convento de Cristo registou um total de 209.294 visitantes, sendo o quinto monumento mais visitado no país depois do Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Mosteiro da Batalha e Palácio Nacional de Mafra.
No 1.° semestre de 2015 os espaços que registaram mais entradas foram o Mosteiro dos Jerónimos (441.345), a Torre de Belém (285.815), ambos em Lisboa, seguindo-se o Palácio Nacional de Mafra (152.068), o Mosteiro da Batalha (135.176) e o Museu Nacional dos Coches, em Lisboa (120.348).

Cem Soldos recebeu 37.000 pessoas no Bons Sons
Trinta e sete mil foi o total de espectadores, nos quatro dias do festival Bons Sons, que decorreu na aldeia de Cem Soldos. Segundo Ana Abrantes, uma das responsáveis pelo gabinete de comunicação do festival, "37.000 pessoas e 250 músicos viveram a aldeia em 2015".
Com 45 bandas e 250 músicos representados, o Bons Sons, este ano em 6.ª edição, demonstrou mais uma vez a vitalidade da produção musical nacional e confirmou a sua pertinência..
"A organização congratula-se com os objetivos alcançados nesta edição do festival, que visa não apenas divulgar a música portuguesa, mas também estimular a economia local e encaminhar as receitas para a melhoria da qualidade de vida da população de Cem Soldos".
Depois de ter sido um festival bienal, o Bons Sons transitou agora para anual.

setembro
Vai começar mais um ano escolar
Aí está o regresso às aulas. Os dados provisórios dos dois mega-agrupamentos a que tivemos acesso, indicam o enquadramento de 4620 alunos, no concelho de Tomar, entre o pré-escolar e o 12º ano.
Fora destes números, ficam os alunos da Escola Profissional de Tomar, assim como os que frequentam cursos de formação no Centro Profissional. Há ainda um outro dado relevante que se prende com o pré-escolar, uma vez que não consideramos as crianças que simplemente não entraram ainda, nem as que frequentam estabelecimentos particulares. E o mesmo se passa ainda com os alunos do 1º ciclo dos dois jardim-escola João de Deus.
Assim temos 2391 alunos inscritos no enquadrados no Agrupamento de Escolas Templários, que inclui as escolas Jácome Ratton, Galdim Pais, Santa Iria, Templários e Infante D. Henrique, na cidade, mais os estabelecimentos de Valdonas, Carvalhos de Figueiredo, Cabeças, Casais, Curvaceiras, Fetal de Cima, Junceira, Linhaceira, Olalhas, Paialvo, Santa Cita, São Pedro e Serra.
Por outro lado, o Agrupamento Nuno de Santa Maria, que inclui as escolas Santa Maria do Olival, D. Nuno Álvares Pereira, Raúl Lopes e Santo António, que se situam dentro da cidade, mais os estabelecimentos de Carregueiros, Cem Soldos, Pedreira, Marmeleiro, São Miguel e Vale Calvo, enquadra 2229 alunos, de acordo com os elementos a que tivemos acesso.
Como se sabe, a partir do segundo ciclo, que inclui os 5º e 6º anos, só há estabelecimentos na cidade, mas é curioso comparar no caso dos alunos até ao 4º ano a distribuição entre cidade e restante concelho. São 200 crianças na cidade e 299 fora da cidade, no caso do pré-escolar e 608 alunos na cidade e 491 no resto do concelho, no caso do 1º ciclo.

outubro
Utilize água ou não, se é beneficiário paga
A questão do aproveitamento hidroagrícola da barragem do Carril está a gerar apreensão junto de alguns proprietários de terrenos, sobretudo nas áreas das freguesias de São Pedro e da União de Serra e Junceira.
A diretora regional de agricultura e pescas de Lisboa Vale do Tejo promoveu uma reunião com proprietários e agricultores beneficiários, no sentido de reativar a Junta de Agricultores da Ribeira da Lousã. Esta junta foi constituída no final de 1997, na altura da construção da barragem, mas ficou inativa devido ao falecimento de alguns dos elementos dos órgãos sociais.
Durante este período, toda a assistência técnica foi garantida e suportada pela direcção regional de agricultura.
Como se sabe, este processo tem um histórico negativo. O processo nasceu torto, avançou contra a vontade de muitos dos proprietários mas o tempo veio mostrar que a obra, não apenas faz sentido, como se justifica o seu aproveitamento pleno.
A reunião, que contou com perto de uma centena de pessoas, tinha tudo para ser pacífica e até começou com “dois rebuçados” que Elizete Jardim tinha para os proprietários. Há duas obras que impõem, uma na barragem propriamente dita, que tem a ver com problemas de segurança que não são graves mas têm de ser resolvidos e outra na reparação de toda a rede rega e ambas têm enquadramento e financiamento a 100% no âmbito do programa Portugal 2020. A diretora regional explicou que será o organismo que dirige a elaborar a candidatura e desenvolver as obras em causa mas... aqui começam os problemas, depois disso, toda a manutenção da barragem e assistência técnica ao regadio terá de ser assegurada pela junta de agricultores e paga pelos beneficiários.
A junta de freguesa de São Pedro disponibiliza instalações e apoio ao funcionamento da junta de regantes. A direção regional assume no primeiro ano os custos de funcionamento e apoio técnico do engenheiro responsavel pela barragem e a partir daí os proprietários e agricultores estão entregues a si próprios.
Apesar de existir uma lista proposta e mais algumas pessoas a disponibilizarem-se para assumir os destinos da junta de regantes, a eleição do órgão foi suspensa e dado um mês para as pessoas refletirem sobre o assunto sendo clara a intenção da direcção regional de não recuar na transferência de responsabilidades para os proprietários e aqui nasce um outro problema.
De acordo com a legislação, são considerados beneficiários todos os proprietários de terrenos situados na zona abrangida pela barragem e nessa qualidade, quer utilizem água, quer não utilizem, terão de passar a pagar à Junta de Regantes. O entendimento é que a obra está feita e o serviço disponível, se as pessoas recorrem a ele ou não, será problema seu.

 

Coligação “Portugal à Frente” vence também em Tomar

A coligação “Portugal à Frente” (PSD- CDS/PP) ganhou as eleições legislativas em Tomar com 38.71 por cento (8.229 votos). O PS recolheu 6.907 votos (32,49%). O Bloco de Esquerda surpreendeu com 2.318 votos (10,90%), mais do que a CDU (PCP-PEV) que se ficou pelos 1.320 votos (6,21%). A quinta força política mais votada no concelho de Tomar foi o PAN - Pessoas - Animais – Natureza (259 votos - 1,22%). Segue-se o PCTP/MRPP (244 votos - 1,15%) que ficou empatado com o PDR (244 votos - 1,15%)

 

Tomar continua a ser o município que demora mais a pagar

É um ranking pouco abonatório para Tomar. A câmara nabantina é a 16.ª do país e a 1.ª do distrito que demora mais tempo a pagar aos fornecedores.
Segundo os dados mais recentes da Direção-Geral das Autarquias Locais referentes ao 2.º trimestre de 2015, a câmara de Tomar demora a pagar, em média, 318 dias (cerca de 10 meses e meio), atraso que, em muitos casos, provoca sérios problemas de tesouraria aos fornecedores.

novembro
Lançado o concurso para construção da nova ponte do Carril
Está lançado o concurso público para construção da nova ponte do Carril sobre a ribeira da Lousã na estrada da Serra, Tomar.
O anúncio do concurso foi publicado na sexta feira, dia 13, no Diário da República e agora as empresas construtoras têm 20 dias para apresentarem propostas. O único critério definido pela câmara para seleção da empresa construtora é o do preço mais baixo. Os trabalhos devem começar nos primeiros meses de 2016.
O preço base da obra é de 220 mil euros e o prazo de construção são seis meses.
A nova ponte, a construir a montante da atual, (ver desenho) terá sete metros de faixa de rodagem.
Refira-se que a ponte que atualmente existe (na foto) só permite trânsito alternado e ali têm ocorrido acidentes, alguns dos quais com consequências graves.
O anúncio do concurso refere erradamente que a ponte se situa na "freguesia do Carril". Tal freguesia não existe. Situa-se sim entre as antigas freguesias de Santa Maria dos Olivais e Junceira

Hugo Costa sai da câmara para a Assembleia da República
O atual líder do PS Tomar e adjunto da presidência na câmara de Tomar, Hugo Costa, vai ocupar o lugar de deputado na Assembleia da República deixando as suas funções na autarquia.
Isto porque o deputado e cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Santarém, José António Vieira da Silva, foi escolhido para Ministro da Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no novo governo de António Costa que poderá tomar posse ainda esta semana.
Com esta saída do parlamento e como Hugo Costa ocupava o 4.° lugar na lista (o PS só elegeu três deputados), o político tomarense sobe a deputado.

dezembro
Idosa caiu quando ia votar e câmara descarta responsabilidade
Uma idosa de 68 anos moradora no centro histórico de Tomar deu uma queda quando ia votar no dia 4 de outubro nas escadas da escola EB1 dos Templários, junto à Várzea Grande, fraturou os dois braços e sofreu um golpe profundo na perna direita.
Uma vez que o acidente se deu dentro de instalações da responsabilidade da câmara de Tomar e resultou de falhas de segurança nos acessos, a família da vítima encetou uma luta para que a autarquia assuma a responsabilidade do acidente.
Mas, a câmara até agora não assumiu qualquer responsabilidade e informou a filha da vítima de que não tem seguro de responsabilidade civil.


Entretanto, na última assembleia da freguesia urbana, Augusto Barros afirmou que já acertou com a presidente da Câmara que nas próxima eleições as mesas de voto não vão ser em nenhuma escola, nem lá nem no liceu, vai ser tudo no pavilhão municipal.

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