O
centenário do Sporting Clube de Tomar e a Festa dos Tabuleiros foram os grandes
acontecimentos de Tomar no ano de 2015.Quanto ao
resto, ao olharmos para trás, revisto 2015 através das edições de A Tal, o
melhor que podemos fazer é votos para que o futuro nos possa sorrir...
janeiro
Residências da
Santa Casa da Misericórdia sem licença
A
Inspecção Geral de Finanças esteve na Câmara Municipal de Tomar a averiguar
alguns processos e o projecto de relatório que já está na autarquia ordena a
«imediata cassação» da licença de construção emitida a favor da Santa Casa da
Misericórdia de Tomar, para a edificação das Residências Assistidas,
construídas ao lado do CAT, perto da Igreja de Santa Maria dos Olivais.
As
interpretações sobre as consequências desta decisão são diversas. Há quem
entenda que o problema está na Câmara e aponte o dedo a «técnicos da área do
urbanismo, especialistas em criar obstáculos». Neste entendimento, cabe à
Câmara dar os passos necessários no sentido de adequar os documentos como terá
sido «combinado numa reunião no Ministério do Ambiente». Neste cenário, a
questão seria meramente burocrática e estará em vias de resolução.
Sucede
que há entendimentos muito diferentes, entre os quais o perigo de estar em
causa a devolução de 1 milhão e 800 mil euros de fundos comunitários. Com
efeito, a obra no valor de 2 milhões e 300 mil euros teve uma comparticipação a
fundo perdido de 80% e para poder ser candidatada a esse financiamento, um dos
documentos fundamentais era a licença de construção da Câmara. Ela existiu, de
facto, mas agora terá de ser anulada, por ordem da Inspecção Geral de Finanças.
De
acordo com fonte ligada ao processo, esta obra apresentou sempre algumas
reservas, primeiro porque estaria abrangida pelo Plano de Pormenor do
Flecheiro, segundo porque está situada abaixo da cota de cheia. Os problemas
estavam identificados e terão levado José Vitorino, então vereador do urbanismo
a demarcar-se do processo.
Por
essa razão, segundo fonte da autarquia, foi o próprio presidente da câmara,
Corvelo de Sousa, a assinar a licença. E como para além de presidente da Câmara
era também presidente da mesa da assembleia geral da Misericórdia, antes de
chamar a si essa responsabilidade, demitiu-se do cargo que ocupava na Santa
Casa, para evitar uma situação de incompatibilidade.
Outra
fonte contactada por A Tal confirma este dado e revela até algum desconforto
com o facto de «algum tempo depois, houve eleições na Misericórdia e não
tiveram uma palavra para com o homem. Ele podia ter evitado envolver-se pessoalmente
porque se levasse o assunto à câmara ele passava porque os vereadores do PS
estavam divididos e os do PSD podiam aprovar mas ele assumiu e a Misericórdia
deve-lhe isso».
A
verdade é que do ponto de vista prático, a obra se encontra concluída e pronta
para que se inicie o processo de venda e aluguer das residências. A Santa Casa
da Misericórdia aguardava apenas a emissão da licença de utilização para
avançar.
No
actual executivo o assunto está a ser desvalorizado, havendo o entendimento que
eventuais responsabilidades da Câmara serão sempre imputadas a mandatos
anteriores e aqui parece começar outro problema porque face à actuação da
Inspecção Geral de Finanças, só uma posição dos actuais responsáveis pode
solucionar a questão.
Recorde-se
que o auto de consignação da empreitada do “Edifício Social para Residência de
População Adulta - Pessoas Idosas” constituído por três pisos, num total de 35
apartamentos (18 individuais e 17 duplos) foi assinado a 28 de Maio de 2011. O
concurso público foi ganho pela empresa EcoEdifica. O investimento total da
obra, construção e equipamentos, foi de 2 milhões e 300 mil euros, e devia ter
ficado concluída no prazo de um ano.
Bruno Graça dixit
Contratos
ruinosos - «Os contratos com a Águas do Centro e com a EPAL são ruinosos. É
muito fácil dizer que a água em Tomar é muito cara, mas as pessoas deviam
conhecer porque razão é que isso acontece».
Zona
Industrial/Parque Empresarial - «A alteração até agora ainda não se traduziu em
grandes resultados mas a verdade é que de industrial aquele espaço tem muito
pouco».
Museu
da Levada - «A obra já devia estar pronta mas é mais uma coisa feita de pernas
para o ar, porque ainda não há projecto museológico. Fez-se um fato e não havia
corpo para ele. Agora temos uma técnica que irá tratar do que faltava».
Escola
Profissional - «Há concordância entre nós para a transferência para as
instalações do antigo Colégio Nun’Álvares Pereira, mas há aspectos burocráticos
para ultrapassar que atrasam a concretização da mudança».
Convento
Santa Iria - «Em breve será adjudicado a elaboração do caderno de encargos que
desencadeará o processo que permitirá a criação ali de uma unidade hoteleira».
Hortas
comunitárias - «Em todo o espaço do horto municipal, havia lixo amontoado que
começou a ser retirado. O espaço começa a estar mais limpo e está em curso o
processo de criação do regulamento que permitirá avançar com as hortas
comunitárias».
Destilaria
não destila
O investimento de cerca de dez milhões de euros, com a
criação imediata de 26 postos de trabalho, que foi anunciado para Tomar há meio
ano não deve passar do anúncio. De acordo com o que A Tal apurou «alteraram-se
os pressupostos que justificavam o investimento em Tomar» referiu-nos uma fonte
ligada ao processo que apesar da insistência para clarificar o que está
realmente em causa se fica por em tom enigmático acrescentar que «o que disse é
suficiente».
Em Junho foi anunciada em reunião da Câmara de Tomar pelo
vice-presidente Rui Serrano a instalação da empresa indiana Aaditya
Internacional, no ramo da destilaria, com um investimento de 9 milhões e 800
mil euros que iriam criar 26 postos de trabalho directos. O assunto mereceu
grande destaque e foi “manchete” da edição dessa semana dos dois jornais de
Tomar.
Entretanto o tempo passou e o assunto parece ter caído no
esquecimento, mas na altura Rui Serrano disse que não divulgava o local por
razões óbvias mas garantiu que já estava decidida e acordada a localização da
destilaria.
A queda de
um ultraleve no primeiro sábado do ano, no aeródromo de Valdonas, resultou num
morto e um ferido grave.
fevereiro
Criança ferida
junto ao parque infantil
Uma
criança sofreu ferimentos num pé e numa perna, causados pela plataforma de
madeira existente lado a lado com o parque infantil, na zona desportiva de Tomar.
No
dia 15 de Janeiro, Gonçalo Antunes, de 3 anos de idade «para aproveitar o dia
agradável que estava, fomos ao parque onde ele brincou, todo contente» conta o
avô, Domingos Antunes, que acompanhava a criança na altura do acidente.
E
prossegue:
-
Saiu todo feliz e logo à saída da porta do parque, só o vi caído a chorar.
Aconteceu com ele mas podia acontecer com outra criança qualquer, porque já sei
que aquilo estava assim há muitos dias.
-
O que é que aconteceu concretamente?
-
Havia tábuas soltas no piso da plataforma que lá está e existia mesmo um
buraco. Ele não viu e enfiou lá o pé. Fez uma entorse e feriu a canela.
O
avô da criança, Domingos Antunes, de 67 anos, mostra-se revoltado «sobretudo
porque me dizem que aquilo estava assim há semanas e nem uma fita ou um sinal
existia no local a assinalar o perigo. O meu neto magoou-se e no dia a seguir a
situação foi logo reparada. É uma tristeza que uma criança se tenha de magoar
para a Câmara fazer alguma coisa», acrescenta.
Questionado se
tomou alguma iniciativa junto da Câmara Municipal, enquanto entidade
responsável pelo espaço, Domingos Antunes diz que «não porque a minha nora não
quer confusões e por mim também não tenho interesse nisso, o que me interessava
é que não tivesse acontecido, mas já que aconteceu, deixo o alerta para ver se
não se repete. Em todo o caso, como no parque está indicada a ASAE como
entidade fiscalizadora, comuniquei-lhes a situação e enviei fotografias
perguntando se fiscalizam apenas da vedação para dentro e também aí me parece
que há situações que merecem ser vistas ou se a meio metro da vedação, também
lhes competia verificar».
Uma obra que
merece ser vista
Há
coisas que só são possíveis de acontecer em Tomar. Tó Carvalho tem uma sala
enorme cheia de quadros, que são apenas parte de uma obra bem mais extensa e
que se encontra há anos, dentro de dezenas de caixotes, à espera de uma solução
que o pintor gostaria que fosse encontrada em Tomar:
-
Esta é a minha terra, Tomar está em primeiro lugar mas não tenho herdeiros e não
posso esperar muito mais tempo.
Um
espaço com oitenta metros quadrados, explica-nos, não seria demasiado mas
permitiria colocar à disposição dos visitantes uma obra que de forma genérica,
Tó Carvalho intitula como “mundo rural português”.
Através
de uma pintura naturalista e figurativa, estão presentes diversos locais do
país, desde Alentejo, Ribatejo, Estremadura, Trás-os-Montes, Minho, Beira
Litoral e Beira Baixa. Rostos que Tó Carvalho diz espelharem a alma dos locais
onde vivem «só falta o Algarve, mas aí agricultura tradicional só se fosse uma
sueca na praia», brinca.
Natural de Castelo Branco, ainda criança veio viver para Tomar. Aqui estudou e se fez homem. A sua obra já percorreu Portugal e dele seguiu caminhos até à América do Sul, Ásia e Oriente.
Natural de Castelo Branco, ainda criança veio viver para Tomar. Aqui estudou e se fez homem. A sua obra já percorreu Portugal e dele seguiu caminhos até à América do Sul, Ásia e Oriente.
Depois
de experiências a carvão e aguarela, é à pintura a óleo que desde 1993 se
mantém fiel, nas temáticas rurais portuguesas mas também em temas históricos,
religiosos e paisagens, com particular incidência em trechos do rio Nabão.
Impedir
que os tomarenses e aqueles que nos visitam possam aceder a uma mostra de duas
centenas de quadros, onde “Ao rubro”, que retrata um momento da vida dos
metalúrgicos na antiga Fundição Thomarense, está lado a lado com
"Fandango", já premiado a nível nacional, ou com o senhor infante das
navegações a ouvir os seus geógrafos e cartógrafos, tendo na figura do Infante
D. Henrique, o saudoso tomarense Lino Garrucho, do Valgamito – Casais, num dos
claustros henriquinos do Convento de Cristo, ou vários momentos e figuras da Festa
dos Tabuleiros, ou uma desfolhada ou descamisada tradicional, na Pedreira, é
quase criminoso.
Manter
uma obra destas escondida e ser o seu autor e proprietário quem mais se
incomoda com isso é algo que devia fazer corar de vergonha os políticos de Tomar.
Câmara ainda
deve 3 mil euros do último carnaval
A
Associação TomarIniciativas está insatisfeita pela forma como o Carnaval é
tratado pela Câmara. Entendem os seus responsáveis que o trabalho já
desenvolvido deveria merecer que o Município encarasse esta quadra como um
momento importante de atracção de pessoas à cidade e nessa perspectiva, deveria
integrar uma estratégia turística mais abrangente.
Luís
Honório, um dos elementos da Associação explicou que «o nosso desagrado é
sobretudo pela forma como tudo isto é gerido, todos os anos. Acontece sempre a
mesma coisa, as pessoas da Câmara deixam que os assuntos se arrastem e depois,
em cima da hora é que nos dizem alguma coisa e obrigam-nos a encontrar soluções
em cima do joelho. Esta é que é a nossa verdadeira razão de queixa.»
-
Mas este ano não vos avisaram antecipadamente que não havia apoio?
-
Não. Nós entregámos um pedido de apoio no dia 28 de Novembro e aí é que deviam
ter dito logo que não apoiavam. Não nos disseram nada e só um mês antes do Carnaval
é que nos disseram que devíamos enquadrar a actividade no Programa de Apoio ao
Associativismo, mas também sem nos dizerem se vai ou não ser apoiado.
-
E nesses moldes, o que é que vai acontecer?
-
Vamos fazer animação com os bailes no pavilhão municipal, na sexta-feira de
manhã vamos acompanhar o desfile das crianças e na terça-feira à tarde, teremos
um desfile espontâneo e às 16 horas o Carnaval na Praça, com animação na Praça
da República.
-
E o que é que poderia ser diferente?
-
Há dois aspectos que consideramos errados. Por um lado, aquele que sempre nos
batemos e que já apontei, que é a questão temporal. Porque uma coisa é
darem-nos um mês para fazer as coisas, outra coisa bem diferente era termos
mais tempo porque com mais tempo, com o mesmo dinheiro, pode-se fazer melhor.
Outro aspecto é o enquadramento da nossa associação, porque nós não somos uma
associação como as outras que visa arranjar dinheiro para construir uma sede ou
adquirir uma carrinha. A missão da nossa associação era fazer um trabalho que
cabe à Câmara, se nos dão um apoio nós prestamos contas e demonstramos que o
dinheiro que nos dão é gasto na organização, neste caso, do Carnaval, mas podia
ser outra actividade qualquer. Nós não visamos o lucro, os apoios que nos dão
são aplicados nas actividades a que se destinam.
-
Apresentaram as contas do ano passado?
- Apresentámos e
ainda temos três mil euros para receber mas não é por essa razão que nos
queixamos. O que nos deixa triste é o modo como tudo isto é tratado.
História de um
centenário
O
Sporting Clube de Tomar nasce como a maioria dos pequenos clubes de província.
Um grupo de estudantes: Alfredo Maia Pereira, Júlio Bento, António Quintas,
Augusto Correia, Amorim Rosa, António Coelho, Domingos Vistulo, António Souto,
entre outros, desejosos de engrandecerem a sua terra, lançam a ideia de criar
um grupo desportivo.
A
iniciativa encontra receptividade, a adesão multiplica-se e em 26 de Fevereiro
de 1915, fundam o Sporting Clube de Tomar. Escolhem para emblema a Cruz de
Cristo sobre o Escudo Preto e iniciam a sua actividade desportiva com a
Ginástica e o Futebol.
Da
sua fundação aos dias de hoje são 100 anos em defesa dos interesses do desporto
e da juventude, procurando dignificar a cidade que representa, também no plano
cultural e social. No plano desportivo a vida do clube caracteriza-se por dois
períodos distintos: Aquele em que a sua actividade principal é o futebol e que
vai da sua fundação até 1950 e o que vai desta data até hoje, em que o Hóquei
em Patins constitui a principal modalidade.
março
Acordo com a CDU é para durar até ao
fim do mandato
Hugo Costa é o presidente da
Comissão Política Concelhia do Partido Socialista de Tomar. É um jovem, com
percurso feito na Juventude Socialista e alguém a quem os camaradas de partido auguram
futuro promissor. Faz parte da equipa que trabalha diretamente com Anabela
Freitas na presidência da Câmara e a oportunidade da entrevista surge
naturalmente, fruto do que se vai passando por cá mas torna-se obrigatório
começar pela questão que vai marcando a política socialista a nível nacional,
após alteração de líder:
- Considera que a eleição de
António Costa produziu os efeitos desejados? O PS apresenta-se hoje como melhor
alternativa do que era com António José Seguro?
-
O Partido Socialista (PS) saiu mais forte das eleições primárias. Foi o
primeiro partido a ter a coragem de se abrir à participação dos cidadãos na
escolha dos agentes políticos e candidatos. Acho que é este o caminho que todos
os partidos vão ter de percorrer no futuro. As 175 mil pessoas que participaram
legitimam muito mais a escolha do que se esta fosse somente pelo partido. O PS
está por isso preparado e mais forte para vencer as próximas legislativas com
maioria absoluta.
- Os principais dirigentes
da estrutura local apoiaram António José Seguro. Isso resultou em perda de
influência junto dos órgãos nacionais do PS? Pode garantir que as feridas
abertas na altura das primárias, a nível local e regional, estão completamente
saradas?
-
O PS é um partido democrático. Todos somos livres de fazer, a cada momento, as
nossas opções. António Gameiro, de quem tive o orgulho de ser o diretor
distrital de campanha, é o Presidente de Federação Distrital, e António Costa é
o Secretário-Geral e candidato a Primeiro-Ministro. Todos somos agora
necessários para construir a unidade do partido e vejo em todos uma grande
vontade de unir para vencer as legislativas. Esse é o único interesse de todos
neste momento. Em Tomar, assim como em todos os concelhos do distrito, existiu
uma lista de unidade nas eleições para delegados ao Congresso Nacional. E
António Costa contou com o apoio de todos como candidato a Secretário-Geral. E
foi candidato único!
- Na gestão autárquica, que
medidas esperava o PS poderem já ter sido concretizadas e que ainda não estão?
-
O PS venceu as eleições autárquicas de 2013 derrotando dezasseis anos de gestão
PSD. Qualquer processo de mudança tem de enfrentar muitos desafios para ser
construído. Medidas como igualdade no tratamento das freguesias, o orçamento
participativo, as obras físicas como a estrada da Barragem do Castelo do Bode,
o início do processo da Ponte do Carril ou a criação do balcão único são uma
realidade. Obviamente que todos os tomarenses desejariam já ter resolvido o
problema do mercado ou o da habitação social… Mas não foi o PS que iniciou as
obras do mercado sem projeto e não foi o PS que fechou o mercado sem solução.
Essa responsabilidade é do PSD! Assim como na área da habitação social, já foi
criado um regulamento que não foi feito em dezasseis anos de gestão PSD! Essa
gestão desperdiçou fundos comunitários e nacionais que agora já não existem.
Teve meios para fazer e não fez, é natural que agora critique o que se faz,
apesar da falta de meios…
- Como avalia os resultados
do acordo com a CDU?
-
A avaliação é positiva. Todos juntos temos de contribuir para a mudança no
concelho de Tomar.
- Se por qualquer razão esse
acordo terminar, o PS admite gerir o município em minoria ou procurará um novo
acordo?
- O acordo com a CDU é para durar até ao final do mandato. Não discuto
outros cenários. O PS assumirá sempre as suas responsabilidades, como sempre
fez.
abril
Trabalho ilegal nas obras do
mercado?
A Junta de
Fregesia Urbana está a substituir a Câmara Municipal de Tomar na contratação de
trabalhadores para obras no edifício do Mercado. Foi o próprio presidente da
junta de Freguesia, Augusto Barros, que nos explicou que «foi feita uma
parceria de acordo com a qual a câmara asfaltou a Rua das Acácias e a Rua Nova
da Matana e que em contrapartida a junta cede pedreiros para a obra do
mercado».
A
legalidade do processo está a ser posta em causa. Desde logo porque parece
óbvio que os trabalhadores recrutados pelo IEFP estão a ocupar postos de
trabalho ao contrário do que prevê o instrumento utilizado para enquadrar os
pedreiros em causa.
maio
Investimento
de 8 milhões nas mãos dos técnicos da Câmara
O Ilha do Lombo Water & Nature
Resort é um projeto único na região, porventura o maior projecto de Tomar nos
últimos vinte anos, mas apesar de todas as virtualidades, a sua implementação
tem sido travada e o processo arrasta-se há três anos, sem que o investidor
tenha conseguido a sua implementação.
O cenário é a magnífica albufeira do
Castelo do Bode, classificada de Reserva Natural e o Grupo Tomé Feteira
efectuará neste projeto turístico um investimento superior a oito milhões de
euros.
O Porto de
Recreio e o Centro Náutico, irão colmatar a carência que actualmente se
verifica em termos do ordenamento do estacionamento e do tráfego das
embarcações, diminuído assim a proliferação de cais privados, contribuindo de
forma positiva para o desenvolvimento turístico sustentável da Albufeira, e
criar um pólo de concentração e de dinamização das actividades desportivas, de
recreio e de lazer.
O conjunto Porto de Recreio e Instalações de
restauração e de comércio na margem Oeste, e Centro Náutico e Hotel
Rural Ilha do Lombo, permitirão uma oferta turística completa –
alojamento, alimentação, atividades de lazer, desportos náuticos, Centro de
Alto Rendimento para atletas de remo e canoagem e Ensino – que irão criar de
forma direta e indireta várias dezenas de postos de trabalho e dinamizar o
comércio e serviços na região.
As instalações
da antiga estalagem, que irão dar apoio ao Centro Náutico, incluem piscina,
Spa, Court de Ténis, salas de reuniões e de apoio, restaurante etc, e completam
a oferta turística tornando o projecto do maior interesse para o
desenvolvimento turístico da região.
O Grupo Tomé
Feteira adquiriu a Ilha do Lombo no ano de 2011 e desde 2012 que têm existido
várias tentativas de viabilizar o projecto. O proprietário, inicialmente,
decide ir viver para as instalações existentes, onde durante vários anos
funcionou a Estalagem. Depara-se então com um edifício em ruínas, fruto dos dez
anos de encerramento que então tinham passado.
Neste cenário,
Michael Braun, ciente da necessidade de uma intervenção global no edifício
decide iniciar uma intervenção que pelo menos minimizasse o estado de
degradação e impedisse o edifício de ruir.
Surgem então os
problemas com os serviços técnicos e de fiscalização de obras da Câmara
Municipal de Tomar: de um lado, um proprietário, com capacidade económica, que
não quer ver o património a perder-se e do outro uma atitude tecnocrática, de
quem se limita a encontrar obstáculos sem cuidar de apresentar soluções.
junho
Templários
desceram à cidade
A
Festa Templária, organizada pela Associação de Desenvolvimento Integrado do
Ribatejo Norte, Município de Tomar, Instituto Politécnico de Tomar e Convento
de Cristo teve um saldo muito positivo, não só pela capacidade atracção de
pessoas, como pela envolvência criada que chegou, a certa altura, a lembrar o
ambiente da Festa dos Tabuleiros.
O
desfile foi o momento alto e evidenciou melhorias relativamente a anos
anteriores. O envolvimento de todo o concelho enriquece muito este momento mas
há aspectos a rever como o uso de adereços nada templários ou a entrada e saída
de elementos estranhos ao cortejo.
A
colocação na Praça da República de um conjunto de tendas, em cima umas das
outras, parece descabida. Assim se desperdiçou um espaço privilegiado e mais
adequado para outras iniciativas constantes do programa.
A
falta de higiene, os contentores de lixo a abarrotar e a cheirar mal, o funcionamento
do parque de estacionamento nas traseiras da câmara são aspectos a rever não
apenas em altura de festa e o que não havia mesmo necessidade era de destruir a
relva do Mouchão. As actividades ali realizadas não obrigavam ao que ficou
visível no “pós festa” mas se o que ali se realizou obriga à realização de
fogueiras e circulação de viaturas em cima da relva, então talvez seja melhor
encontrar local mais adequado.
Registem-se
no entanto os aspectos positivos, o envolvimento da população, o esforço feito
no sentido de conferir rigor às recriações históricas e a capacidade de colocar
Tomar na comunicação social nacional, por estar em festa.
Maior colecção de puzzles do país está montada em Tomar
Jorge Mascarenhas, arquitecto de
55 anos que dá aulas no Instituto Politécnico, guarda em sua casa mais de 700
exemplares de variadas formas e tamanhos, vindo dos quatro cantos do mundo. Em
comum têm o facto de todos serem tridimensionais.
São das mais variadas formas, cores e feitios os
puzzles e os quebra-cabeças que
encontramos acondicionados em prateleiras na divisão de casa na Rua da Fábrica
da Fiação, em Tomar. É ali que reside Jorge Mascarenhas, um arquitecto de 55
anos que descobriu a paixão pelos puzzles e quebra-cabeças aos 24 anos durante
o estágio de final de curso que fez na Filândia durante quatro meses. "É
um país onde existem Invernos muito longos e rigorosos e, portanto, naquele
altura em que ainda não existiam computadores as pessoas tinham em casa puzzles
em madeira, porque é um país que tem muita floresta, para se ocuparem no Inverno".
julho
Chegou
a Grande Festa de Tomar
A Festa dos Tabuleiros
ou do Divino Espírito Santo é uma das manifestações culturais e religiosas mais
antigas de Portugal.
A sua origem encontra-se nas festas de colheita
à deusa Ceres e posteriormente à Rainha Santa Isabel que lançou as bases do que
seria a congregação do Espírito Santo, movimento de solidariedade cristã.
O Ponto das festividades que juntava
ricos e pobres ocorria no domingo de Pentecostes, dia em que segundo dizem as
línguas do fogo desceram sobre Apóstolos simbolizando a igualdade de todos
perante Deus.
Esta festa de Ação de Graças mantém a
sua tradição quase inalterável.
No ano anterior à data de realização da Festa dos Tabuleiros, é convocada uma reunião pública onde se decide se haverá Festa no ano seguinte e quem será o Mordomo.
No ano anterior à data de realização da Festa dos Tabuleiros, é convocada uma reunião pública onde se decide se haverá Festa no ano seguinte e quem será o Mordomo.
Caso a decisão seja favorável são
lançados 3 foguetes.
Antecipadamente
e ao longo de um ano será planeada toda a festa de acordo com a tradição. Os
vários cortejos e espetáculos culturais são cuidadosamente organizados, são
angariados fundos e dá-se início à morosa confeção das flores que irão ornamentar
as ruas e os tabuleiros.
O Desfile ou
Procissão é o momento alto da Festa dos Tabuleiros. É composto
por um número variável de tabuleiros, que representam as freguesias do
concelho. Percorre as principais ruas da cidade entre colchas pendentes nas
janelas, milhares de visitantes e uma chuva de pétalas lançadas sobre o
Cortejo.
agosto
Mais de 100 mil visitaram o Convento
de Cristo
No primeiro semestre de 2015, o Convento de Cristo
registou 104.197 visitantes, o que representa um aumento de 25, 9% em relação
ao igual período do ano passado. No primeiro semestre de 2014, o monumento
recebeu 82.749 visitantes.
No total do ano 2014, o Convento de Cristo registou um total de 209.294 visitantes, sendo o quinto monumento mais visitado no país depois do Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Mosteiro da Batalha e Palácio Nacional de Mafra.
No 1.° semestre de 2015 os espaços que registaram mais entradas foram o Mosteiro dos Jerónimos (441.345), a Torre de Belém (285.815), ambos em Lisboa, seguindo-se o Palácio Nacional de Mafra (152.068), o Mosteiro da Batalha (135.176) e o Museu Nacional dos Coches, em Lisboa (120.348).
No total do ano 2014, o Convento de Cristo registou um total de 209.294 visitantes, sendo o quinto monumento mais visitado no país depois do Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Mosteiro da Batalha e Palácio Nacional de Mafra.
No 1.° semestre de 2015 os espaços que registaram mais entradas foram o Mosteiro dos Jerónimos (441.345), a Torre de Belém (285.815), ambos em Lisboa, seguindo-se o Palácio Nacional de Mafra (152.068), o Mosteiro da Batalha (135.176) e o Museu Nacional dos Coches, em Lisboa (120.348).
Cem Soldos recebeu 37.000 pessoas no
Bons Sons
Trinta e sete mil foi o total de espectadores, nos
quatro dias do festival Bons Sons, que decorreu na aldeia de Cem Soldos. Segundo
Ana Abrantes, uma das responsáveis pelo gabinete de comunicação do festival,
"37.000 pessoas e 250 músicos viveram a aldeia em 2015".
Com 45 bandas e 250 músicos representados, o Bons
Sons, este ano em 6.ª edição, demonstrou mais uma vez a vitalidade da produção
musical nacional e confirmou a sua pertinência..
"A organização congratula-se com os objetivos alcançados nesta edição do festival, que visa não apenas divulgar a música portuguesa, mas também estimular a economia local e encaminhar as receitas para a melhoria da qualidade de vida da população de Cem Soldos".
Depois de ter sido um festival bienal, o Bons Sons transitou agora para anual.
"A organização congratula-se com os objetivos alcançados nesta edição do festival, que visa não apenas divulgar a música portuguesa, mas também estimular a economia local e encaminhar as receitas para a melhoria da qualidade de vida da população de Cem Soldos".
Depois de ter sido um festival bienal, o Bons Sons transitou agora para anual.
setembro
Vai começar mais um ano
escolar
Aí está o regresso às aulas. Os dados provisórios dos dois
mega-agrupamentos a que tivemos acesso, indicam o enquadramento de 4620 alunos,
no concelho de Tomar, entre o pré-escolar e o 12º ano.
Fora destes números, ficam os alunos da Escola Profissional de
Tomar, assim como os que frequentam cursos de formação no Centro Profissional.
Há ainda um outro dado relevante que se prende com o pré-escolar, uma vez que
não consideramos as crianças que simplemente não entraram ainda, nem as que
frequentam estabelecimentos particulares. E o mesmo se passa ainda com os
alunos do 1º ciclo dos dois jardim-escola João de Deus.
Assim temos 2391 alunos inscritos no enquadrados no Agrupamento de
Escolas Templários, que inclui as escolas Jácome Ratton, Galdim Pais, Santa
Iria, Templários e Infante D. Henrique, na cidade, mais os estabelecimentos de
Valdonas, Carvalhos de Figueiredo, Cabeças, Casais, Curvaceiras, Fetal de Cima,
Junceira, Linhaceira, Olalhas, Paialvo, Santa Cita, São Pedro e Serra.
Por outro lado, o Agrupamento Nuno de Santa Maria, que inclui as
escolas Santa Maria do Olival, D. Nuno Álvares Pereira, Raúl Lopes e Santo
António, que se situam dentro da cidade, mais os estabelecimentos de
Carregueiros, Cem Soldos, Pedreira, Marmeleiro, São Miguel e Vale Calvo,
enquadra 2229 alunos, de acordo com os elementos a que tivemos acesso.
Como se sabe, a partir do segundo ciclo, que inclui os 5º e 6º
anos, só há estabelecimentos na cidade, mas é curioso comparar no caso dos
alunos até ao 4º ano a distribuição entre cidade e restante concelho. São 200
crianças na cidade e 299 fora da cidade, no caso do pré-escolar e 608 alunos na
cidade e 491 no resto do concelho, no caso do 1º ciclo.
outubro
Utilize água ou não,
se é beneficiário paga
A
questão do aproveitamento hidroagrícola da barragem do Carril está a gerar
apreensão junto de alguns proprietários de terrenos, sobretudo nas áreas das
freguesias de São Pedro e da União de Serra e Junceira.
A
diretora regional de agricultura e pescas de Lisboa Vale do Tejo promoveu uma
reunião com proprietários e agricultores beneficiários, no sentido de reativar
a Junta de Agricultores da Ribeira da Lousã. Esta junta foi constituída no
final de 1997, na altura da construção da barragem, mas ficou inativa devido ao
falecimento de alguns dos elementos dos órgãos sociais.
Durante
este período, toda a assistência técnica foi garantida e suportada pela
direcção regional de agricultura.
Como
se sabe, este processo tem um histórico negativo. O processo nasceu torto,
avançou contra a vontade de muitos dos proprietários mas o tempo veio mostrar
que a obra, não apenas faz sentido, como se justifica o seu aproveitamento
pleno.
A
reunião, que contou com perto de uma centena de pessoas, tinha tudo para ser
pacífica e até começou com “dois rebuçados” que Elizete Jardim tinha para os
proprietários. Há duas obras que impõem, uma na barragem propriamente dita, que
tem a ver com problemas de segurança que não são graves mas têm de ser
resolvidos e outra na reparação de toda a rede rega e ambas têm enquadramento e
financiamento a 100% no âmbito do programa Portugal 2020. A diretora regional
explicou que será o organismo que dirige a elaborar a candidatura e desenvolver
as obras em causa mas... aqui começam os problemas, depois disso, toda a
manutenção da barragem e assistência técnica ao regadio terá de ser assegurada
pela junta de agricultores e paga pelos beneficiários.
A
junta de freguesa de São Pedro disponibiliza instalações e apoio ao funcionamento
da junta de regantes. A direção regional assume no primeiro ano os custos de
funcionamento e apoio técnico do engenheiro responsavel pela barragem e a
partir daí os proprietários e agricultores estão entregues a si próprios.
Apesar
de existir uma lista proposta e mais algumas pessoas a disponibilizarem-se para
assumir os destinos da junta de regantes, a eleição do órgão foi suspensa e
dado um mês para as pessoas refletirem sobre o assunto sendo clara a intenção
da direcção regional de não recuar na transferência de responsabilidades para
os proprietários e aqui nasce um outro problema.
De
acordo com a legislação, são considerados beneficiários todos os proprietários
de terrenos situados na zona abrangida pela barragem e nessa qualidade, quer
utilizem água, quer não utilizem, terão de passar a pagar à Junta de Regantes.
O entendimento é que a obra está feita e o serviço disponível, se as pessoas
recorrem a ele ou não, será problema seu.
Coligação “Portugal à Frente” vence também em Tomar
A coligação “Portugal à Frente” (PSD-
CDS/PP) ganhou as eleições legislativas em Tomar com 38.71 por cento (8.229
votos). O PS recolheu 6.907 votos (32,49%). O Bloco de Esquerda surpreendeu com
2.318 votos (10,90%), mais do que a CDU (PCP-PEV) que se ficou pelos 1.320
votos (6,21%). A quinta força política mais votada no concelho de Tomar foi o
PAN - Pessoas - Animais – Natureza (259 votos - 1,22%). Segue-se o PCTP/MRPP (244
votos - 1,15%) que ficou empatado com o PDR (244 votos - 1,15%)
Tomar continua a ser o município que demora mais a
pagar
É um ranking pouco abonatório para Tomar.
A câmara nabantina é a 16.ª do país e a 1.ª do distrito que demora mais tempo a
pagar aos fornecedores.
Segundo os dados mais recentes da
Direção-Geral das Autarquias Locais referentes ao 2.º trimestre de 2015, a
câmara de Tomar demora a pagar, em média, 318 dias (cerca de 10 meses e meio),
atraso que, em muitos casos, provoca sérios problemas de tesouraria aos
fornecedores.
novembro
Lançado o concurso para construção
da nova ponte do Carril
Está lançado o concurso público para construção da
nova ponte do Carril sobre a ribeira da Lousã na estrada da Serra, Tomar.
O anúncio do concurso foi publicado na sexta feira,
dia 13, no Diário da República e agora as empresas construtoras têm 20 dias
para apresentarem propostas. O único critério definido pela câmara para seleção
da empresa construtora é o do preço mais baixo. Os trabalhos devem começar nos
primeiros meses de 2016.
O preço base da obra é de 220 mil euros e o prazo de
construção são seis meses.
A nova ponte, a construir a montante da atual, (ver desenho) terá sete metros de faixa de rodagem.
A nova ponte, a construir a montante da atual, (ver desenho) terá sete metros de faixa de rodagem.
Refira-se que a ponte que atualmente existe (na foto)
só permite trânsito alternado e ali têm ocorrido acidentes, alguns dos quais
com consequências graves.
O anúncio do concurso refere erradamente que a ponte
se situa na "freguesia do Carril". Tal freguesia não existe. Situa-se
sim entre as antigas freguesias de Santa Maria dos Olivais e Junceira
Hugo Costa sai da câmara para a
Assembleia da República
O atual líder do PS Tomar e adjunto da presidência na
câmara de Tomar, Hugo Costa, vai ocupar o lugar de deputado na Assembleia da
República deixando as suas funções na autarquia.
Isto porque o deputado e cabeça de lista do PS pelo
círculo eleitoral de Santarém, José António Vieira da Silva, foi escolhido para
Ministro da Trabalho, Solidariedade e Segurança Social no novo governo de
António Costa que poderá tomar posse ainda esta semana.
Com esta saída do parlamento e como Hugo Costa ocupava o 4.° lugar na lista (o PS só elegeu três deputados), o político tomarense sobe a deputado.
Com esta saída do parlamento e como Hugo Costa ocupava o 4.° lugar na lista (o PS só elegeu três deputados), o político tomarense sobe a deputado.
dezembro
Idosa caiu quando ia votar e câmara descarta
responsabilidade
Uma idosa de 68 anos moradora no centro histórico de Tomar deu uma queda
quando ia votar no dia 4 de outubro nas escadas da escola EB1 dos Templários,
junto à Várzea Grande, fraturou os dois braços e sofreu um golpe profundo na
perna direita.
Uma vez que o acidente se deu dentro de instalações da responsabilidade da câmara de Tomar e resultou de falhas de segurança nos acessos, a família da vítima encetou uma luta para que a autarquia assuma a responsabilidade do acidente.
Uma vez que o acidente se deu dentro de instalações da responsabilidade da câmara de Tomar e resultou de falhas de segurança nos acessos, a família da vítima encetou uma luta para que a autarquia assuma a responsabilidade do acidente.
Mas, a câmara até agora não assumiu qualquer responsabilidade e informou a
filha da vítima de que não tem seguro de responsabilidade civil.
Entretanto, na última assembleia da freguesia urbana, Augusto Barros
afirmou que já
acertou com a presidente da Câmara que nas próxima eleições as mesas de voto
não vão ser em nenhuma escola, nem lá nem no liceu, vai ser tudo no pavilhão
municipal.
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