segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

As presidenciais...

Os números da vitória de Marcelo Rebelo de Sousa, não deixam margem de manobra aos que ainda sonhavam com a possibilidade de através de um ato médico ainda não revelado, fundir os restantes nove candidatos e gerar um ser que pudesse ser plantado no Palácio de Belém.
O professor é o novo Presidente da República, na sequência de eleições que se apresentam como um somatório de erros que vão da esquerda à direita.
Como em tudo na vida, as vitórias “abafam” os erros e por essa razão, PSD e CDS vão seguir em frente, aparentemente sem tomar consciência que houve erros cometidos e que só não tiveram piores consequências porque a personalidade em causa tem a abrangência que lhes escapa, enquanto grupos catalizadores.
A derrota da esquerda é por demais evidente e por isso creio que caberá a este setor uma reflexão bem mais profunda e a exigir clarificações.
A estratégia do Bloco de Esquerda parece correta, uma vez que consolida eleitorado. A CDU está em perda e o mais certo é que venha a alterar o rumo dos últimos meses, quiçá à custa da estabilidade com que o PS está a contar.
Ao Partido Socialista cabe a clarificação. Este “faz de conta” em que caíu, está visto, não é caminho, embora vá servindo para vencer umas etapas e alimentar uns egos. A tradição de grande partido, não é compatível com o percurso do PS nos últimos tempos e o tratamento dado a Maria de Belém é tão desprezível, quanto o que António Costa aplicou a António José Seguro. A questão é que está à vista que depois de Seguro foi Belém e pode ser quem mais se colocar a jeito, apenas para salvar a face de um Primeiro-Ministro que (ainda) não ganhou eleições.
O que diria António Costa de um secretário geral do PS que não expressasse publico apoio a Maria de Belém, nas circunstâncias em que decorreram as presidenciais?
Foto José Jorge (Facebook)
Em Tomar, a eleição decorreu em linha com o que aconteceu no país, com exceção dessa imbecil ideia de encurralar os eleitores da freguesia urbana no pavilhão municipal, expressa em enormes filas de trânsito e carros estacionados em cima da relva. Quanto ao resto, tudo igual, até o apoio do líder da estrutura local do PS ao candidato derrotado...

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