Mais de metade do atual
mandato autárquico está passado e no que respeita à gestão do município, vou
testemunhando constantes notas de desilusão.
Sucede que a presidente
da Câmara, Anabela Freitas, causa uma boa primeira impressão. Trata-se da
primeira senhora a presidir ao Município, é simpática e sorri com facilidade.
O problema vem a seguir.
Quando se trata de ultrapassar a primeira impressão. Para além das questões
mais simples, cuja noção da velocidade com que (não) andam pode ser marcada por
alguma impaciência dos interessados, há as questões-chave, os projetos
estruturantes, as ideias mobilizadoras que nos deviam motivar a todos e que pura
e simplesmente até agora não existem.
A Câmara Municipal de
Tomar tem feito um mandato a comportar-se como uma junta de freguesia. As
notícias são que espalha alcatrão em 100 metros de estrada, abriu uma valeta em
Marianaia, colocou um painel na estação rodoviária... ainda vai fazer um
passeio e já foi notícia duas vezes.
Esta minha frustração
ganhou força depois de ler a entrevista que Anabela Freitas concedeu ao jornal
Cidade de Tomar. Devo reconhecer que a Câmara comunica bem e tenho para mim que
a referida entrevista foi devidamente preparada pela entourage de Anabela Freitas
mas repare-se que questionada sobre a dinamização do Parque Industrial, o que é
que responde? Cito de memória “Os terrenos livres vão estar disponíveis no site
da AICEP para poderem ser vistos em todo o mundo”.
Isto se não fosse tão
mau, até podia ter graça porque já estamos todos a ver um investidor na
Alemanha, na China, em Angola ou no Brasil a procurar Tomar no site da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal,
para comprar um lote e fazer aqui o seu investimento.
A sério
que não é anedota...
As
promessas foram muitas mas até agora o que se viu foi gastar dinheiro a mudar o
nome de Zona Industrial de Tomar para Parque Empresarial de Tomar e de um
regulamento.
Mas
agora é que vai, vão chover paletes de empresas, a partir do site da AICEP...
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