No município do
Entroncamento, o deputado municipal Mário Balsa, numa prova de cidadania,
renunciou ao cargo eletivo para assumir a chefia do gabinete do presidente,
antecipando os conflitos éticos e práticos que essa acumulação comportava.
No ano passado, o
chefe de gabinete do presidente da câmara da Chamusca reconhecendo que
cometeu um erro ao assumir o cargo em acumulação com o de presidente da
assembleia municipal, cessou funções.
Em Tomar, Luís
Ferreira, deputado na assembleia municipal, renunciou recentemente ao cargo de
chefe de gabinete de Anabela Freitas, presidente de câmara e sua companheira, não por
qualquer espécie de conflito ético, moral ou funcional mas para assumir o lugar
de técnico de informática no município, após um processo de mobilidade interna do
município de Alpiarça para o de Tomar considerado eticamente reprovável.
Luís Ferreira quis
assegurar um “lugar de recuo” mais perto de casa, mas a coisa correu-lhe mal em
grande medida pela tomada de posição do vereador comunista Bruno Graça que
colocou em perigo a coligação PS/CDU, embora Anabela Freitas diga que as razões
foram outras, como também disse que não sabia se o companheiro era o vencedor
do concurso quando já toda a gente menos a presidente da Câmara sabia que sim...
O que se retira destes
três casos é tão simplesmente o facto de que em matéria de comportamento ético
haver quem tenha logo “visto a luz”, os que não a tendo visto a procuram
e ainda os que gostam de viver nas trevas…
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