quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Lar Residencial ou Escola Profissional?

Posso até estar enganado mas acredito desde o primeiro momento em que me falaram da intenção da Associação de Antigos Alunos do Colégio Nuno Álvares Pereira, que o projeto de criação, no espaço do antigo colégio, de um lar residencial para alunos oriundos das antigas colónias, pode constituir uma mais-valia para o futuro de Tomar.
Não sei nem tenho de saber os pormenores dos termos da viabilização dessa proposta. Sei da intenção, sei do entusiasmo de alguns dos antigos alunos, inclusivé com relações privilegiadas, nomeadamente em Angola e Cabo Verde e também me foi referida a possibilidade de Tomar ganhar essa infraestrutura [que vejo como plataforma de desenvolvimento com dois sentidos] sem necessidade do município investir, uma vez que existirá disponibilidade financeira particular para assegurar o custo da obra.
Como se sabe, em dezembro, no aniversário da Associação foi assinado no antigo colégio um protocolo de cooperação com o Município e a ideia que ficou foi que o processo iria andar.
Sucede que, de acordo com o que me foi agora transmitido, a Câmara está hesitante, uma vez que existe da parte do vereador da educação a intenção de instalar naquele espaço a Escola Profissional de Tomar.
Segundo creio, existirá uma deliberação de Câmara a ceder parte do edifício do antigo colégio para a Escola Profissional de Tomar que levou até à colocação na fachada do edifício de uma lona com a indicação de futuras instalações, mas não seria a primeira vez que uma deliberação seria revogada.
O alerta aqui fica porque uma e outra solução são interessantes. Na minha opinião, a primeira, seria mais importante para Tomar e faria mais sentido naquele espaço mas também aceito a segunda.
O meu receio é que no meio disto não tenhamos nem uma, nem outra. Isso seria criminoso.
Espero que os responsáveis políticos estejam atentos e tenham noção do montante que o município terá que investir para ali instalar a Escola Profissional de Tomar e dos custos futuros que será necessário suportar por uma sociedade onde a Câmara Municipal de Tomar tem 50% do capital social.

2 comentários:

  1. Caro João, quem informou informou mal.
    Não há nenhuma hesitação da câmara nem nenhuma intenção do vereador. Há sim um decisão tomada por unanimidade do executivo, cedendo o espaço à Escola Profissional.
    A escola está já a trabalhar na elaboração do projeto como é mais que sabido. E também sabido que os encargos serão suportados pela escola.
    O protocolo assinado com a Associação de Antigos Alunos não refere cedência de espaços, apenas preservação da memória e espólio.
    cumprimentos.
    Hugo Cristóvão

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    1. Agradeço a sua informação, até por ter dados que evidentemente eu não tenho, mas também refiro a existência da deliberação que refere, assim como a indicação de que poderá sempre ser revogada.
      Tenho no entanto uma questão para a qual agradeço o seu contributo: Está seguro que a Escola Profissional pode candidatar-se para um espaço que, embora temporalmente cedido é propriedade do município? Tendo em conta a distribuição do capital social da Escola, a Câmara considera que na sua curta margem de investimentos tem cabimento aquele que será necessário avançar na requalificação das instalações?
      E finalmente, desmente que lhe foi pedido que diligencie no sentido de compatibilizar a coabitação das duas situações?
      Abraço e obrigado pelos esclarecimentos que possa prestar.

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