Na política cá do burgo, o lema com que o PS venceu
as eleições autárquicas “Mudança” apenas se justifica com o corte de relações
com o PSD. Antes, PS e PSD haviam partilhado a gestão do município, após as
eleições foi anunciado e tem sido que cumprido, que o PSD era “persona non
grata” à nova liderança.
Desde então, tudo o que se apontava como mau tem
piorado. Em termos de perda de influência, capacidade de liderar, índice de transparência,
cumprimento atempado com os fornecedores, o percurso de Tomar tem continuado o
sentido que já vinha de trás, logo não se trata de mudança, antes reforço...
Desperto pela questão do esquecimento do Provedor
do Munícipe, bem lembrada por António Rebelo, no seu blog Tomaradianteira3, tentei perceber o que poderia estar a
emperrar o processo e a natural explicação é que sendo legalmente necessário um
consenso alargado na nomeação e dada a “ausência de relações” entre PS e PSD, o
processo não ata nem desata.
Mas fiquei com a “pulga atrás da orelha” quando me
foi soprado ao ouvido que o PSD tomara a iniciativa de dar o aval ao nome de um
militante do PS, inclusivé membro da comissão política socialista, para o cargo. A ser
assim já se levantam outras questões: O PS tem um perfil para o Provedor do
Munícipe, que não se enquadra com esse seu militante? Trata-se de um militante “não
alinhado” a quem não convém “dar corda”?
Seria bom saber exatamente o que se passa.
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