Devo deixar claro que
fico muito grato a todos quantos têm procurado saber as razões da pausa de
Tomar à letra. Também não vou mentir, quando se escreve num blogue é na
expetativa que alguém leia.
Há uns tempos, no seu Tomaradianteira, António Rebelo, lançou
o desafio e de imediato lhe enviei todos os elementos que tinha sobre a minha
«audiência». Por razões que me explicou, entendeu não publicar, mas aproveito
para dizer que nos 71 dias que conta de existência, mesmo sem a desejada regularidade
de publicações, Tomar à letra ultrapassou as oito mil visualizações...
Sucede que a única
promessa que fiz foi a de me manter atento e não renegar ao que entendo ser o dever cívico de, na medida do
possível, contribuir para uma sociedade mais informada e esclarecida. Não
prometi intervenção diária, nem assumi nenhum compromisso de regularidade de
publicação. De resto, foi o facto de não poder corresponder a esse tipo de
exigência que me levou a ditar o fim da revista A Tal.
Acontece
que aquilo a que vou assistindo, ouvindo e lendo é tão mau que faz esmorecer. É
verdade que gosto de uma boa e educada troca de argumentos, de denunciar
situações de incompetência, desleixo ou abusos e que não aceito qualquer balela
como verdade absoluta, mas isto atingiu um ponto tal que às tantas me sinto no
papel daquela célebre dupla de idosos na série “Os marretas”.
Às
vezes dava jeito alguma coisa correr bem.
Por
outro lado há quem incentive, quem pergunte se nos cansamos, se desistimos. E
custa assumir que já não vale a pena, que não há volta a dar, nem futuro para
Tomar.
Manuel
Gonçalves foi mestre de uns quantos felizardos que consigo tiveram o privilégio
de privar na construção de textos, que pacientemente ensinava a alinhavar, assumissem
eles a forma de entrevista, reportagem ou opinião, tanto na rádio como na
imprensa escrita.
É dele
a culpa de hoje aqui voltar.
Pensei
relatar a minha traumática experiência de votação presencial no Orçamento
Participativo, no Complexo Desportivo Municipal, mas foi mau demais. Chamar àquilo
votação é um absurdo, por isso não me vou alongar e deixo expressa apenas a opinião que uma boa oportunidade para
mobilizar as pessoas do concelho, foi transformada pelos responsáveis pela
gestão do processo num ABORTO - Atabalhoada a Baralhada Orientação Reservada aos
Tomarenses no Orçamento.
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