A proposta de orçamento
apresentada pelo executivo da Junta Urbana de Tomar foi ontem chumbada em
assembleia de freguesia. Cinco vogais do Partido Social Democrata e dois dos
Independentes por Tomar votaram contra uma proposta que já fora chumbada e que
continua a merecer muitas críticas.
O presidente da junta, Augusto
Barros, teimosamente insistiu num modelo que sabia não ser do agrado da maioria
dos elementos da assembleia, aparentemente, na expetativa de que algum vogal se
abstivesse.
De resto, após a votação, foi
notório o amuo do presidente que recusou
pormenorizar alguns pedidos de explicações que lhe foram endereçados, enquanto
ameaçava ir queixar-se à população do facto da oposição não o deixar fazer o
que bem entende.
Com a não aprovação do
orçamento para 2016, o executivo vai ter que se reger com o orçamento do ano
anterior e enquadrar o que pretende fazer nas rúbricas já existentes em 2015.
Da parte do PSD manteve-se o
sentido de voto, que sempre tem adoptado desde o início do mandato, uma vez que
as opções seguidas estão muito longe de corresponder ao que seria a sua
estratégia para a freguesia urbana e ainda mais longe de traduzir o peso de representar
metade do número de eleitores de todo o concelho.
Já os IpT, que partilharam a
gestão da Junta até há alguns meses, apontam o incumprimento da lei por parte
do presidente da Junta como razão das críticas que lhe têm sido dirigidas.
Recorde-se que em assembleia anterior, foi aprovada uma proposta dos IpT que
previa o encerramento imediato do postro dos CTT que funciona no edifício da junta,
fundamentada exatamente em questões legais. Apesar disso o presidente da junta
recusa cumprir a deliberação da assembleia. Dado que do orçamento para 2016 continua
a constar a existência dos CTT, os IpT entendem que só podiam votar contra, uma
vez que mantêm a ideia que o acordo existente viola normais legais em vigor.
Mais uma vez confrontado com
esta questão Augusto Barros ainda admitiu vir a procurar obter junto dos CTT
melhores contrapartidas para a Junta mas recusa pôr termo ao contrato.
A celebração do protocolo para intervenção no perímetro
urbano e do contrato inter-administrativo de delegação de competências entre o
município de Tomar e a freguesia urbana, foi aprovada, no primeiro caso por
unanimidade e no segundo com a abstenção do PSD e voto favorável das restantes
forças.
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